terça-feira, 11 de julho de 2023

Clézio Paulo de Sá (Professor Clézio)


 
Falar deste apóstolo da educação é falar de grande parte de seus ex-alunos e, talvez, até de atuais professores que passaram por seus ensinamentos nas escolas: Estadual, Vocacional, Colégio Santos Dumont e Santo Antônio. 
 
Foi um mestre pontual nas disciplinas de Geografia e OSPB – Organização Social Política Brasileira, matéria esta que jamais deveria ter saído da grade curricular. Ela promovia uma boa formação social e política não partidária. Matéria esta também ministrada pelo combatente Targino Silva Júnior, que foi meu professor.
 
Clézio era uma pessoa de extremo carisma e gostava sempre de bater bons papos, quando nos encontrávamos. 
 
Em seu escritório, no Jornal Mensagem, presenciei por várias vezes seu trabalho. Gostava de escrever sua coluna do jornal toda à mão e só depois passava para o computador. 
 
Era um amante de escutar as rádios, músicas e notícias. Final de semana era sagrado reunir sua turma para tomar cerveja no Faria´s Bar. 
 
Por lá, o encontrei várias vezes, com seus amigos Duda, Roberto Grillo, Miguel Chevitaresse, o saudoso Lineu Carvalho e alguns outros que tenho certeza que não registrei. 
 
Na última festa que com ele estive, na Villa Foncá, cheguei atrasado e ele veio imediatamente me cumprimentar. Ao batermos um longo papo, me pediu a gentileza de contatar meu amigo Dom Roberto para que viesse à terra Natal, celebrar a missa de 50 anos do Jornal Mensagem, neste ano.Dias depois fiz contato com o Bispo Dom Roberto que, imediatamente, aceitou o convite. 
 
Infelizmente, Deus o chamou antes. 
 
Criatura bondosa e extremamente atenciosa. 
 
O amigo Clézio deixou nessa terra um grande legado, escrevendo muitas notícias e grandes histórias, inclusive registrando em seu livro. 
 
Aos amigos e seus familiares, que são grandes amigos meus: Rodrigo, Luciano e Franciane, segue uma pequena e singela homenagem ao grande professor e escritor Clézio Paulo de Sá. 
 
Deixou para nós um belo trabalho em seu livro “Eles fizeram a História de Santos Dumont”, onde deu a honra de contribuir na construção deste trabalho com um belo prefácio da Dra. Silvia Rocha Jorge Rodrigues. 
 
Este foi da Nossa Terra, Nossa Gente e história. 
 
Doquinha – Julho 2023

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Dr. João Jorge Nassaralla

 

Figura de um carisma e atenção em nossa terra, Dr. João, deixou grandes histórias e um enorme legado como médico. 

Um verdadeiro discípulo da vida, não tinha noite e nem dia para atender aos seus amigos e demais pacientes, que dele precisavam por alguma enfermidade.

Ele tinha momentos muito extrovertidos e às vezes soltava algumas perolas, apesar de ser um homem muito reservado. Andava ele sempre com o bolso cheio de chaves e somente de terno, ternos estes confeccionadas na alfaiataria Barbosa, do qual ele era um grande amigo. 

Tenho uma ou mais passagens muito curiosas com ele. Certa vez, em plena madrugada necessitamos de seu atendimento para minha mãe que passava mal e, ao ligarmos para ele, chegava imediatamente e prestava os primeiros procedimentos. 

Quando achávamos que já estava tudo bem, ele virava para mim, na escadinha por onde moramos décadas, e dizia: Vamos até ao consultório comigo, pois preciso pegar outro medicamento. 

Isto acabou ficando engraçado aos meus olhos, pois lá chegando, retirava de paletó um molhe de chaves e começava abrir portões de garagem, porta principal da sala de espera, porta do seu consultório, porta da sala de exames e porta onde ficavam armazenados os medicamentos. 

Ficava a perceber a quantidade de portas a abrir e pensava: será que ainda tem mais alguma? 

Assim, retornávamos a nossa residência para continuar prestando o seu socorro imediato, com a maior calma e boa vontade já por mim visto. Acredito que isto acontecia com muitos pacientes e amigos dele. 

Uma única vez o encontrei no Shopping em Juiz de Fora. Foi a maior surpresa e paramos para conversar. Ele estava acompanhado de seu filho, o Joãozinho que também é médico, e comecei a brincar com ele dizendo: Que milagre o encontrar aqui em um passeio com a família. Aí ele me responde, com tristeza, que estava ali para se alimentar, pois sua esposa, Dona Sônia, estava internada e passavam eles por um momento muito delicado. Como médico sabia da verdadeira situação de sua amada esposa. 

Levamos um susto com a noticia e seu semblante desanimador. Nos despedimos chateados e vida que seguiu. 

Este é um dos grandes médicos, que se chamava na época de médico da família, não importando a hora do atendimento. Hoje os tempos, infelizmente, mudaram e trouxeram aos médicos grandes inseguranças ao fazer atendimento a domicilio. 

A este discípulo da vida, fica aqui o meu registro, com emoção e carinho, para o amigo sempre inesquecível por mim e por muitos desta terra. 

Nesta Terra deixou um trabalho para Nossa gente, com muita dedicação e amor. 

Doquinha, junho de 2023

domingo, 11 de junho de 2023

 

TRADIÇÕES HERÁLDICAS 

Francis de Moura Santos – 11.06.2023


A música é, historicamente, uma das expressões artísticas mais importantes da cultura brasileira. Composta, principalmente, a partir da junção de elementos, aspectos e influências de diferentes culturas, como a europeia, a indígena e a africana, representando um dos grandes e valorosos traços da nossa peculiar identidade enquanto povo Indubitavelmente, no Brasil, fruto de um legado que remonta aos tempos coloniais, as bandas de música têm funcionado como uma porta de entrada e alavanca social , revelando verdadeiros prodígios da criação musical. É mister afirmar que muito da alma mineira reside nesta tradição que passa de geração para geração, transmitindo a mensagem e atuando como guardiães centenárias de cidadania e interação social nas comunidades, de maneira gratuita. 

De tal sorte que estamos muito felizes em, por ocasião das comemorações dos 150 anos de Alberto Santos Dumont, render homenagens à coragem e a iniciativa de figuras como Mestre Dunga, Sebastião dos Santos Silva e Carlos Gomes Moreira Mendes. Homens que dedicaram seus esforços para manter vivo esse inegável monumento ao progresso humano. 

Deoclides Santos (Doquinha) – Junho de 2023

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Tannus Abud

 


Como não falar de uma pessoa que nesta Terra deixou um grande legado? 

Tannus Abud foi um dos proprietários da indústria de meias Palmyra que, por décadas, marcou a cidade e Brasil. 

Eu e meu irmão sempre passávamos em sua fábrica, quando situada na rua Antônio Abud, para ganharmos os cones de lã para fazermos cornetas. Era muito cômico,  porque ele sempre perguntava a mim e ao Zezé quantas moedas nós tínhamos no bolso. Prontamente falávamos: "Nenhuma!". Ele, mais que depressa, tirava do bolso umas moedas e dizia: "Vão lá tomar um guaraná Americana e comer um pastel". Saímos loucos para lanchar e isso era quase que constante. 

Tannus não era somente um empresário, era uma pessoa muito especial. Apesar de seu semblante fechado, adorava assentar com os amigos no bar do Cruzeiro, do Sr. Alipio, e bater bons papos com seus companheiros Barbosa, Lineu, Salim, o próprio Alipio e tantos outros amigos. 

Foi um grande amigo de meus pais e convivia sempre conosco. Sempre brincava que aonde quer que fosse teria que levar meu pai Barbosa. 

Viveu sempre com o carinho para a família e a todos, sem ser uma pessoa orgulhosa. 

Posso dizer que foi uma pessoa que escreveu História e marcou muito em Nossa Terra. 

Esta é minha pequena homenagem ao nosso saudoso e querido amigo, que marcou muito nossa infância. Foi muito gratificante conhecer essa personalidade de Nossa Terra, Nossa Gente e Nossa História. 

Doquinha, maio de 2023.

terça-feira, 2 de maio de 2023

Alípio Sales Barreto (Alípio do Bar Cruzeiro)

 


Como não retratar outra personalidade querida de Nossa Terra!

Alípio foi proprietário do Bar Cruzeiro, que ficava localizado na rua Antonio Ladeira no centro de nossa cidade. 

Lá, era o ponto de encontro das principais figuras de Santos Dumont, local onde aconteciam grandes papos e até mesmo para idealizar e planejar coisas para nossa cidade. 

Os assuntos eram os mais diversos e as vezes até polêmicos. As mesas eram revestidas de fórmica, com quatro lugares cada. Às vezes, as uniam pelo número de amigos que iam chegando, principalmente para tomar o tradicional cafezinho da tarde. 

Sr. Alípio, às vezes parecia estar com a cara truncada, mas era uma pessoa extrovertida nas prosas junto aos seus amigos. 

Quando garoto, entrávamos no Bar e restaurante e era difícil ele não pedir para fazer um favor. 

Relatar aqui o seu grupo de amigos, fica até inviável, pois eram muitos e gastaria algumas laudas para descrevê-los e, ainda, com o risco de esquecer alguns. 

Foi e é muito querido por todos em suas memórias. 

Morávamos na escadinha, que dá para a Avenida e ele também, com sua família, na outra ponta da escadinha que dá para a Coronel Serrado. Por isto, a convivência era grande. 

Quando chegávamos em sua casa, vinha sua querida esposa, Dona Bernardina, nos atender e lá estava ele assentado, sempre no mesmo lugar do sofá, saboreando leite com angu. 

Em seu bar, era famoso e extremamente disputado, o frango assado com um tempero inigualável. 

Entre nós ainda convivem seus filhos, que souberam encaminhar, com muita dignidade. 

Fica aqui este simples registro pelos seus bons gestos e pelos legados deixados.

Doquinha- abril de 2023

terça-feira, 18 de abril de 2023

Vicente Honório de Oliveira - Vicente Carteiro

  

Uma personalidade inesquecível de Nossa Terra! 

Quem não se lembra do antigo carteiro dos Correios?! Sr. Vicente, atencioso e carismático!

Foi carteiro por décadas em Nossa cidade, tratando a todos com muito carinho e respeito. 

Fico a imaginar quantos quilômetros não percorria por Nossas ruas, durante décadas, levando notícias de todos os tipos. 

Vicente foi muito querido por todos, pois nunca estava de mau humor, contagiando a todos. 

Frequentei muito a sua casa, ali na praça da Igreja dos Passos, onde sua família reside até hoje. Sua esposa, Dona Aparecida, sempre o aguardava com o cafezinho pronto. 

Tive o prazer de desfrutar de muitos lanches e rir dos casos contados por ele.

Sempre tinha seus filhos: Rosemary, Rosângela, Roseli, Roselene, Rosane, Dejair e Djalma, e seus amigos por perto. 

Fica aqui, não só minha, como nossa homenagem a este guerreiro, que ajudou a escrever a História Nessa Terra, onde deixou grandes amigos. 

Doquinha, Abril de 2023.

sexta-feira, 31 de março de 2023

Tiãozinho do Formoso

 


Outra Ilustre figura da Nossa Querida Terra, Tiãozinho!

As pessoas que o conheceram sabem da simplicidade e bondade que trazia no coração.

Lembrar e falar dele é reviver seu jeito de ser e de curtir a vida, principalmente nas datas festivas, pois sempre aparecia ele com algum acessório que marcava o período. 

No Natal, de gorro de Papai Noel: no 7 de Setembro, de verde e amarelo: na Semana da Asa, com chapéu que remetia ao Santos Dumont; entre outras diversas caracterizações. 

Nos desfiles, passava em frente ao palanque somente para que o vissem e o cumprimentassem. 

No entanto, não é só isso que o faz uma personalidade querida, pois era um homem muito prestativo. Não media esforços quando lhe pediam um favor e o fazia com satisfação.

Tinha, também, o hábito de escrever pequenos bilhetes e colar nas paredes, principalmente da Prefeitura. 

Muitas vezes eu parei para ler suas mensagens. Hoje penso e me pergunto o porquê de não ter guardado alguns. 

Fica aqui este registro e breve relato de uma pessoa que ajudou a escrever um pouco de Nossa História, da Nossa Gente e da Nossa Terra, com muita simplicidade e carinho. 

Doquinha, março de 2023

sábado, 25 de março de 2023

Almandina Teixeira - Tia Almandina

 


Lembrar desta personalidade é, ao mesmo tempo, lembrar da minha infância. 
Tia Almandina era uma das pessoas de coração puro, que conheci e pouco se encontra. Mulher bondosa e sempre pronta para ajudar aqueles que precisavam ou entidades que pediam seu apoio em serviços filantrópicos. 

Com sua delicadeza e simplicidade, ajudou e deixou um legado em Nossa Terra.

Ajudou no lactário, fazendo muitos enxovais, no Lions Clube, na Igreja e em outras diversas obras de caridade. Tinha sempre uma palavra de conforto para aqueles que a procuravam em momentos delicados, mas, também, quanto tinha que puxar a orelha… não pensava duas vezes! 

Me desculpem, mas não posso deixar de registrar, pois sempre estará na memória. 

Quando perdemos nossos pais, muito cedo, ela foi de uma bondade extrema, sempre preocupada conosco e muito nos ajudou e orientou. 

Contudo, não estou escrevendo por mim, mas sim por todos aqueles os quais ajudou e por Nossa Terra. 

Seu trabalho social foi muito importante 

Nesta Terra querida, ao lado de suas amigas Herminia Pedro e Dona Lourdes Castro, Dona Almandina foi casada com Sr. Édson Teixeira e deixou duas filhas, Maria Alice e Elvira Márcia, que residem em sua antiga residência. 

Vivíamos na escadinha como uma família. 

Valendo lembrar que, por tanto carinho, tornou-se a madrinha de minha filha. 

Para encerrar, quero lembrar como ela adorava cantar cantigas infantis, divertidas, para as crianças pelas quais tinha um extremo carinho. 

Fica aqui o registro de mais uma personalidade importantíssima em Nossa Terra, Nossa Gente e Nossas Histórias. 

Doquinha, março de 2023.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Cleide Maria Pinto do Carmo

 Cleide Maria Pinto do Carmo – Professora Cleide


Com alegria descrevo um pouco da vida e alegria desta grande mulher que cuidou de nós, seus irmãos, com afinco. 

Cleide iniciou sua vida como professora muito nova, percorreu pelas escolas rurais de Santos Dumont, onde levava seus conhecimentos, carinho e respeito às crianças, com muita sabedoria e cultura. 

Seu grande amor era lecionar, iniciando sua carreira pelas escolas municipais. Logo, foi concursada pelo Estado, assumindo a escola Estadual Duque de Caxias e em seguida a Escola Estadual Vieira Marques, onde sua carreira foi encerrada pela sua passagem, faltando muito pouco para sua aposentadoria, de tão digna função. 

Minha irmã tinha tanta preocupação com ensino e educação que todos os ajudantes que em nossa casa colaborava, tinham o compromisso de estudar, para que, assim, também pudessem trabalhar. Com isso, formou quatro ajudantes em enfermagem, estes viraram grandes amigos e família. Lembro-me bem de algumas, como nossa comadre Sônia, hoje já aposentada, Leiliane, nossa afilhada que foi morar conosco e hoje exerce enfermagem no Exército Brasileiro. 

Nem as lutas da vida, para viver e de nos cuidar a desanimou, nunca perdeu a alegria e grandeza. Sendo sempre uma mulher forte e de grande inspiração, até os dias de hoje. 

Sempre que convidada a ajudar Nossa Terra em algum trabalho cultural, lá se fazia presente, como no Centenário de nossa cidade a pedido do Prefeito Pacífico e sua esposa Silvia. 

Cleide foi essa guerreira que nos educou e a tantas outras crianças Nessa Terra, pois aos seus 16 anos abdicou de sua vida para cuidar de mim e de meu irmão Zezé e de tantos outros, com extremo amor e carinho. 

Nesta Terra deixou grande legado e história. Até hoje encontramos alunos que me indagam se sou o irmão da querida Professora Cleide e com muito orgulho e amor digo que SIM! Que saudade desta que me ajudou tanto. 

Aqui fica minha homenagem e da minha família a minha grande, amada e eterna irmã Cleide. 

Doquinha, julho de 2022.

terça-feira, 19 de julho de 2022

Maria Rita

 Maria Rita


Minha homenagem a esta grande mulher, que trouxe para muitos momentos de paz, conselhos de luz e tranquilidade. 

Sei que muitos a procuravam e saiam renovados na fé em Deus. Uma grande líder espiritual, que sempre colocou sobre seu colo aqueles que por momentos difíceis passavam. 

 Sua alegria e bondade jamais serão esquecidas . Um exemplo de adversidade e amor. 

Descanse em paz,querida amiga Maria Rita! E ao lado do Pai possa continuar sua missão que exerceu sobre a face da Terra.

Sua luz está sobre outra dimensão e mais reluzente, pois o Senhor sabe há quantos amparou com a ajuda dele. Saciou a fome carnal, espiritual de muitos e cobriu das dores do frio muitos também.


Está é Maria Rita, que não precisamos ficar descrevendo, pois esta terra e esta gente a conhecia bem.


Minha simples homenagem a ela. Sei também que não preciso escrever mais nada.

                      
                             Doquinha/julho 2022