domingo, 13 de setembro de 2015

MARLI DUARTE DE SÁ - Lili Bolero


Personagem querida dos sandumonenses, Marli Duarte de Sá, carinhosamente chamada por todos de“Lili Bolero”, era uma mulher que a todos contagiava com o seu jeito moleque e irreverente de viver.

Com seu jeito diferenciado e próprio de se vestir, chamava a atenção pelos shorts muito curtos, inúmeras pulseiras,anéis, tornozeleiras e quase sempre descalça.

Apaixonada pelo Flamengo, enlouquecia quando seu time vencia, sendo uma das primeiras pessoas a aparecer na avenida,para as comemorações e, é claro, vestida de vermelho e preto dos pés à cabeça.

“Lili Bolero” tinha também o seu lado místico, sendo uma cartomante conhecida e requisitada por muitos.

Conhecida também pelo seu enorme prazer pela dança, não perdia sequer um show na praça onde dançava, sem parar,até a execução da última música.

Mãe dedicada, tinha uma grande preocupação com a educação dos filhos, que estudavam no Colégio Pio X, onde trabalhei por alguns anos e pude testemunhar a dedicação desta mulher para que seus filhos tivessem o melhor aprendizado.

“Lili Bolero”, tida por muitos como uma pessoa alienada, pelo contrário, era muito atenciosa, participativa e carinhosa com aqueles com quem conviveu.

“Lili Bolero”, mulher intrigante que marcou época em nossa terra.

Doquinha/agosto 2015

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. A minha mãe, Hilda Fernandes de Araújo, uma mulher cosmopolita que chegou em Santos Dumont na década de 50, depois de ter viajado o mundo e uma das primeiras mulheres a ingressar na Escola de Enfermagem da UFMG, em Ouro Preto, adorava fotografar, conversar e conhecer as pessoas. Ela tinha tempo para isso. Os negócios da família estavam no auge e minha mãe adorava história, literatura, filosofia e artes. Assim eu a seguia, por todos os pontos de Santos Dumont, inclusive à casa de Lili Bolero (que também frequentava a nossa residência). Eu novinho, vendo aquela mulher vigorosa, espiritualmente poderosa, provocando grandes e belas risadas na minha mãe, ficava maravilhado com a sua imagem. As duas foram cúmplices de uma natividade muito própria da cidade. Eram outros tempos, outras narrativas...

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