domingo, 18 de julho de 2010

Dona “Miquita Pasteleira”

Quem não se lembra da figura doce e amável de Dona “Miquita Pasteleira”, assim carinhosamente tratada por todos em nossa terra.

Dona “Miquita Pasteleira” é a pessoa que buscamos homenagear nesta coluna, mulher esta que dedicou sua vida à família e ao trabalho sem medo e sem queixas. Começava o seu dia cedo, como contam seus familiares e amigos, sempre lá pelas três , quatro horas da madrugada, ascendendo seu fogão a lenha, preparando suas encomendas de pastéis que abasteciam os bares, lanchonetes e padarias de nossa cidade que só nos restam saudades como o Bar da Estação, Bar Cruzeiro do Sr. Alípio, Bar do José Falco, Bar Avenida e tantos outros e ainda atendia a grande quantidade de encomendas de famílias amigas de Santos Dumont.

Dona Miquita não trocava seu grande fogão à lenha por nenhum da modernidade, dizendo que o sabor era diferente.

Tinha ela seu jeito todo especial em lidar com as pessoas; chamava a todos de “ CRIATURA ”, adorava ficar debruçada na janela de sua residência,nos finais de tarde, e cumprimentava a todos que passavam pela rua São José, sempre dizendo “ O CRIATURA COMO VAI ”?

No trato com a meninada que entregava suas encomendas era de muito carinho e respeito. Em suas encomendas ela sempre colocava uns pasteis a mais... Comentam alguns que era para agradar a clientela de amigos como as famílias do Dr. Amir, Zé Pedro, José Barbosa, Pittela,Dudu Pedro, Durvalino Machado, Vieira Marques e tantas outras. Outros dizem que era para “repor”os pastéis que,por ventura,seriam sutilmente “devorados” pelo caminho pelos entregadores que ,com certeza, não resistiam ao delicioso cheirinho.

A casa de Dona Miquita era muito movimentada pelos amigos que paravam e para os quais ela dava uma prova quente de seus pastéis com um golinho de café do bule. Estas visitas era um prazer para Dona Miquita que com isso sempre rolava uma prosa.

Uma coisa interessante que tive o prazer de presenciar quando criança era das tirinhas de massa que ela gostava de fritar para comermos enquanto acabava de preparar a encomenda que íamos buscar.

Esta é Dona Conceição Ribeiro, “Miquita Pasteleira”, lembrada até hoje pelas famílias de Santos Dumont.

Sua receita de pastel resiste ao tempo nas mãos abençoadas de sua sobrinha Nair e filhas, que abastecem as lanchonetes, bares, padarias e as famílias sandumonenses até hoje com o mesmo capricho e carinho da época da saudosa Dona “Miquita Pasteleira”.

Um comentário:

  1. Ai Doquinha, que saudades me deu de Dona Miquita! Lembro-me bem, de quando estávamos pela rua, eu e Mauro, ela nos chamava atá sua cozinha, com aquele fogão de lenha, e nos dava pastel e café. Até hoje adoro pastel com café!

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