sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Sonia Vieira Marques

 
Esta personalidade de Nossa Terra, que hoje descrevo em minhas humildes palavras, me chamava muita atenção quando eu saia da aula no Colégio Vieira Marques. 
 
Lá estava ela, na varanda de sua casa, com aquele jeito meigo e carinhoso atendendo as pessoas que em seu lar batiam. Era raro vê-la sozinha no jardim. Sempre rodeada por pessoas simples, assentados no banco da varanda ou pelos jardins. 
 
Com o passar dos tempos, fui descobrindo o seu carinho e atenção com os mais necessitados que a procuravam para tomar um cafézinho de manhã e, até mesmo, para almoçar. Atendia a todos com esse jeito meigo, que já mencionei no início. 
 
Descobri que algumas figuras sobre as quais já escrevi uma singela crônica eram as mesmas que sempre a procuravam: Come Quieto, Leitoa, Cabeça de Malha, Dona Romana, seu neto Zé Careca e tantos outros. 
 
Dona Sonia dedicou-se em Nossa Terra a muitas obras de assistência social, com todo seu coração e afeto, mesmo tendo uma família muito bem constituída de oito filhos e seu esposo, Dr. Amir, do Colégio Santos Dumont. Todos eles seguiram os passos de sua mãe no carisma e atenção aos que mais necessitavam. 
 
Foi ela uma mulher dinâmica, professora, zeladora do lar e ainda tinha como lazer a paixão de pintar seus quadros. 
 
Tem uma passagem dela muito emocionante e, tenho certeza, que se repetiu com muitos. Quando alguém querido se despedia da Terra, pedia a sua filha, Soninha, que levasse de seu jardim uma orquídea para colocar nas mãos da pessoa falecida. 
 
Esse gesto generoso e ato de carinho ela prestou quando minha querida irmã Cleide partiu, jamais me esquecerei. 
 
Essa é uma personalidade que a todos atendia independente da classe social ou econômica. 
 
Seu legado é para ser registrado nesta simples crônica, escrita com muito carinho. 
 
Doquinha, Agosto de 2020

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