domingo, 4 de outubro de 2015

SR. FRANCISCO ACHILLES - (Chico Achilles da Funerária)



Pessoa estimada por todos desde os tempos de Palmyra, quando chegou aqui, ainda jovem, na companhia de seus pais.

Sr. Chico Achilles dedicou sua vida à funerária da Santa Casa de Santos Dumont, onde tinha uma oficina que fabricava as urnas mortuárias em madeira coberta de tecido roxo.

Foram mais de 40 anos construindo caixões que, por sinal, deixavam as crianças da época bem impressionadas, quando deparavam-se com um cortejo fúnebre. Não muito distante, o tipo de urna feita por ele ainda era usada em nossa região.

Francisco Achilles era um homem extremamente religioso e dedicado à Igreja, onde prestou vários serviços como voluntário.

Muito requisitadas também eram as excursões que realizava ao Santuários de Nossa Senhora Aparecida, no início de sua construção, no estado de São Paulo.

Era tão conhecido no Santuário que foi por muito tempo agente do Jornal Santuário de Aparecida em nossa terra. Com o senhor Antônio Fontes ajudou a fundar o Jornal Voz Mariana. Na Rádio Cultura, de nossa cidade, manteve por longos anos o programa “A oração da Ave Maria”, que toda a comunidade aguardava com ansiedade e acompanhava, louvando diariamente às 18 horas. Era uma tradição sagrada nos lares de Santos Dumont.

Quem não se lembra também do famoso rapé que ele mesmo produzia?

Alguns conhecidos de Chico Achilles nos contam que ele andava com uma latinha no bolso e a todo momento, era abordado pelos amigos que apreciavam cheirar uma pitada de rapé e papear bons “causos”. Até mesmo algumas crianças o rodeavam para poder cheirar o rapé e ficar dando longos espirros.

Um dos amigos que gostava de fazer uma visita, frequentando constantemente a sua residência, localizada atrás da Santa Casa, para apreciar um bom café e uma boa pitada de rapé, era Dom Geraldo Maria de Morais Penido, na época bispo da cidade de Juiz de Fora, por quem tinha uma grande admiração.

Nossa homenagem é pequena, mas não podia deixar de registrar esta personalidade, que muito fez por nossa terra, na religião e no esporte, ajudando a fundar o Mineiro Futebol Clube e tantos outros serviços voluntários.

Foto: Aloisio Ibrahim / 1970

Doquinha/setembro 2015

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