domingo, 18 de julho de 2010

Zé Careca

José Campos Henriques, o popular e saudoso “Zé careca”, como era carinhosamente chamado por seus conterrâneos, era comerciante, proprietário de uma das mais conceituadas padarias de nosso município, a “Padaria Nosso Pão”, que ficava instalada à Avenida Getúlio Vargas esquina com a Rua Sérgio Neves.

Era um homem de confiança de vários prefeitos, ajudando sempre a deixar nossa cidade de aspecto alegre para os festejos de Momo, Semana Santa, Semana da Asa, Natal e tantas outras festividades. Em certas ocasiões coloria nosso céu com uma bela queima de fogos de artifício.

“Zé Careca” fazia do primeiro andar do antigo prédio do Colégio São José sua fábrica de sonhos e alegria, confeccionando artesanalmente alegorias para dar vida aos festejos do município. Quem não se lembra dos Moinhos Holandeses, as Baianas e Negos Malucos que coloriam o período carnavalesco; as grandes árvores de Natal feitas de lâmpadas que enfeitavam o centro da praça e os jardins ao longo da avenida, sem esquecer o tradicional Presépio no centro da praça. Lembro-me bem que uma das vezes, nos festejos natalinos, usou de sua criatividade para retratar o nascimento de Jesus em imagens feitas de madeira em tamanho natural.

Já na Semana Santa, “Zé Careca” enfeitava as praças Cesário Alvim e Bias Fortes com lampiões que retratavam a Via Crucis.

José Campos Henriques era casado com a estimada Dª. Inês Campos, também já falecida, e o casal teve seis filhos: João Maria, José Maria, Regina, Júlia, Inês e Ângela.

Procuramos aqui registrar e homenagear mais um sandumonense que viveu um carinho todo especial para com esta cidade, em certos momentos abdicando de sua própria família para se dedicar a esta terra que tanto amou.

Um comentário:

  1. Zé Careca, me lembro muito dele. Era um homem com uma pose austera, categórico, que pertencia a velha escola onde conviveram o meu pai (Nelson da Pechincha), José Antonio Pedro e muitas figuras do comércio e da política. Eu gostava do Zé Careca. Ele era o representante direto de uma cultura criada pelo Tronco de Minas; que, entre outras coisas como está bem dito no texto de Deoclides, Zé Careca estabelecia as alegorias das ruas, dos movimentos sociais. Com certeza, esse grande mestre da cultura de Santos Dumont, participou de muitos encontros, ouviu e ajudou arquitetar muitos projetos para a cidade.

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